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Seguro de vida resgatável: uma ilusão que pode custar caro
Data de publicação: 18/03/2023 01:05
Você já ouviu falar do seguro de vida resgatável? É aquele que promete devolver o seu dinheiro em vida, caso você precise ou simplesmente queira resgatar para qualquer finalidade. Parece bom demais para ser verdade, não é mesmo? Pois é. Neste artigo, eu vou mostrar por que esse tipo de seguro pode ser uma armadilha para o seu bolso e para a sua proteção.
O seguro de vida resgatável não é um investimento
Muita gente se engana e pensa que o seguro de vida resgatável é uma forma de guardar dinheiro para o futuro. Mas não se iluda: esse não é o objetivo principal desse tipo de seguro. O seguro de vida resgatável é uma proteção para os seus beneficiários em caso de morte ou invalidez, e não uma fonte de renda.
Além disso, o valor da apólice não rende tanto quanto outras opções de investimento disponíveis no mercado. Segundo os resultados de uma pesquisa que realizei para este artigo, o seguro de vida resgatável é corrigido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que é a taxa de inflação, mais 3% ao ano. Isso significa que o valor da apólice apenas acompanha a variação dos preços, apresentando em media metade do que o dinheiro renderia na poupança.
Portanto, se você está procurando uma forma de fazer o seu dinheiro render mais e garantir a sua aposentadoria tranquila, o seguro de vida resgatável pode não ser a melhor escolha.
O seguro de vida resgatável pode comprometer as principais coberturas que justificam a contratação de um seguro de vida.
Um dos problemas do seguro de vida resgatável é que ele pode reduzir ou eliminar a cobertura originalmente contratada. Isso porque, ao fazer o resgate parcial ou total da apólice em vida, o segurado diminui ou acaba com o valor que seria pago aos beneficiários em caso de sinistro de invalidez ou morte.
Assim, se você contratar um seguro de vida resgatável pensando em deixar uma proteção financeira para sua família após sua morte ou invalidez, você pode estar jogando fora esse objetivo ao fazer uso do recurso do resgate.
Além disso, se você fizer o resgate total da apólice antes do fim do prazo contratado, você perderá todas as coberturas e assistências oferecidas pelo seguro. Isso significa que você ficará desprotegido em relação aos riscos previstos no contrato.
Portanto, se você quer garantir uma cobertura adequada para você e seus beneficiários em caso de imprevistos graves, o seguro de vida resgatável pode não ser a melhor opção.
O seguro de vida resgatável tem custos elevados
Um terceiro ponto negativo do seguro de vida resgatável é que ele tem custos elevados em relação aos benefícios oferecidos. Isso porque esse tipo de seguro cobra taxas administrativas elevadas, bem como é tributado, diferentemente do que ocorre com os seguros tradicionais, como veremos abaixo.
Os seguros de vida tradicionais são isentos do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e também isentos do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), assim como os benefíciários são isentos de IR, enquanto os seguros de vida com possibilidade de resgate são tributados pelo IOF na fonte e pelo ITCMD na transmissão aos beneficiários.
Além disso, o valor dos prêmios mensais pagos pelos segurados também costuma ser mais alto nos seguros de vida com possibilidade de resgate do que nos seguros tradicionais. De forma que até o momento nehum produto, nenhum produto é melhor qu eo seguro de vida tradicional, quando se trata de manter o padrão de vida do segurado ou de sua faamília em caso de imprevistos como invalidez ou morte, bem como além de ser mais eficiente, é também mais barato, seja quanto aos pagamentos mensais, seja na hora do recebimento do benefício, visto que contam com mais isenções não presentes em nenhuma outra forma de proteção financeira.
Sobre o autor:
Carlito de Souza, é corretor de seguros especialista em seguro de vida há 26 anos, corretor de imóveis, sócio da Clube Investida e fotografo entusiasta.